Como o pensar decolonial pode ofertar novas perspectivas sobre a religião no sul global

Daniel Antônio da Cunha

Resumo


Resumo: O presente trabalho se estrutura na apresentação incipiente de alguns debates importantes sobre modernidade e religião. Para tanto, faz uma brevíssima revisão do estado da arte com autores como Hannah Arendt, Jugen Habermas para a caracterização do pensamento europeu, bem como Enrique Dussel, Walter Mignolo e Anibal Quijano para a explicação do pensamento decolonial. Inicialmente apontando as posições majoritárias sobre a modernidade e a religião para os pensadores do norte global. Em seguida explicita como os debatedores nas ciências jurídicas do Brasil reproduzem a epistemiologia eurocentrada de forma acrítica nos debates sobre a religião e sobre os fundamentalismos no país. Segue apresentando o giro decolonial, da chamada “nova epistemiologia latino-americana” do pensamento moderno. Conclui que é necessária uma crítica decolonial à secularização brasileira que aborde condições de raça, gênero e classe e mantenha a interdisciplinariedade do Direito com as demais áreas das ciências sociais, sobretudo da sociologia, para a construção de uma metodologia empírica que contribua numa dialética crítica às idiossincrasias desse tempo-situado.

 

Palavras-chaves: Giro decolonial. Religião. Fundamentalismo. Modernidade. Secularização.

 

 


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