INTEGRIDADE ACADÊMICA: QUESTIONÁRIO SOBRE CENÁRIOS DE MÁ CONDUTA PARA MESTRANDOS E DOUTORANDOS

Roberta Almeida Elias, Roselma Lucchese, Moisés Fernandes Lemos, Ivânia Vera

Resumo


Devem ser conhecidos e descritos cenários de má conduta acadêmica que envolvam mestrandos e doutorandos, para permitir a produção de evidências na gestão das melhores práticas pelas instituições formadoras. O objetivo deste estudo foi construir um instrumento de caracterização de condições sociodemográficas e de comportamento de estudantes de pós-graduação stricto sensu em cenários de má conduta acadêmica. O instrumento nomeado Questionário de Integridade Acadêmica foi construído após revisão da literatura do tema. A versão final do instrumento apresentou 13 questões de identificação, 12 cenários dispostos em sete áreas de importância do tema e uma questão aberta para livre expressão do participante. O alfa de Cronbach foi de 0,722. O instrumento obteve índice de confiabilidade relevante, podendo ser utilizado para avaliar o comportamento de mestrandos e doutorandos em cenários de má conduta acadêmica.


Texto completo:

PDF

Referências


ALCÂNTARA, Jessier Coelho. Monografia e TCC feitos por terceiros: crime? Goiás: Polícia Civil do Estado de Goiás, 2013. Disponível em: https://www.policiacivil.go.gov.br/artigos/monografia-e-tcc-feitos-por-terceiros-crime.html. Acesso em: 26 jan 2022.

BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2013. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2013/res0466_12_12_2012.html. Acesso em: 26 jan 2022.

CHAMON, Wallace; MELO JÚNIOR, Luiz Alberto S.; PARANHOS, Augusto. Declaração de conflito de interesse em apresentações e publicações científicas. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 73, 107-109, 2010. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27492010000200001. Acesso em: 26 jan 2022.

CONSELHO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TECNOLÓGICO (CNPQ). Relatório da Comissão de Integridade de Pesquisa do CNPq. Brasília, DF: CNPq, 2011. Disponível em: http://memoria.cnpq.br/documents/10157/a8927840-2b8f-43b9-8962-5a2ccfa74dda. Acesso em: 26 jan 2022.

DINIZ, Débora; MUNHOZ, Ana Terra Meija. Cópia e pastiche: plágio na comunicação científica. Argumentum, 3, 11-28, 2011. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/argumentum/article/view/1430. Acesso em: 26 jan 2022.

DINIZ, Débora; TERRA, Ana. Plágio: palavras escondidas. Rio de Janeiro: SciELO/Fiocruz, 2014.

FERREIRA, Sueli Marra Ferreira. P. et al. Percepções dos alunos pós-graduandos da USP sobre a ocorrência de plágio em trabalhos acadêmicos. São Paulo: USP, 2013.

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO (FAPESP). Códigos de boas práticas científicas. São Paulo: Fapesp, 2014. Disponível em: http://www.fapesp.br/boaspraticas/FAPESP-Codigo_de_Boas_Praticas_Cientificas_2014.pdf. Acesso em: 26 jan 2022.

FUNDAÇÃO DE AMPARO À PESQUISA DO ESTADO DE SÃO PAULO (FAPESP). Boas práticas científicas. São Paulo: Fapesp, 2017. Disponível em: http://www.fapesp.br/8577. Acesso em: 26 jan 2022.

INTERNATIONAL CENTER FOR ACADEMIC INTEGRITY (ICAI). The fundamentals values of academic integrity. 2a ed. New York: ICAI, 2012. Disponível em: https://academicintegrity.org/wp-content/uploads/2017/12/Fundamental-Values-2014.pdf. Acesso em: 26 jan 2022.

INTERNATIONAL COMMITTEE OF MEDICAL JOURNAL EDITORS (ICMJE). Recomendações para elaboração, redação, edição e publicação de trabalhos acadêmicos em periódicos médicos. Tradução elaborada por Eliane de Fátima Duarte e Thaís de Souza Andrade Pansani, revisada por Leila Posenato Garcia, Maurício Gomes Pereira, Tais Freire Galvão e Simônides da Silva Bacelar. Washington: ICMJE, 2014. Disponível em: http://www.icmje.org/recommendations/translations/portugese2014.pdf. Acesso em: 26 jan 2022.

JAWAD, Fatema. Plagiarism and integrity in research. Journal of the Pakistan Medical Association, 63, 1446-1447, 2013.

KEITH-SPIEGEL, Patricia; SIEBER, Joan; KOOCHER, Gerald P. Responding to research wrongdoing: A user-friendly guide. 2010. Disponível em: https://research.uark.edu/documents/rscp/responding-to-research-wrongdoing.pdf. Acesso em: 26 jan 2022.

KROKOSCZ, Marcelo. Abordagem do plágio nas três melhores universidades de cada um dos cinco continentes e do Brasil. Revista Brasileira de Educação, 16, 745-818, 2011. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbedu/v16n48/v16n48a11.pdf. Acesso em: 26 jan 2022.

MEDRONHO, Roberto A. et al. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, 2009.

MENANDRO, Paulo Rogério Meira. Ardis do plagiato. Argumentum, 3, 43-49, 2011.

PIMENTA, Maria Alzira de Almeida; PIMENTA, Sônia de Almeida. Fraude em avaliações na visão de professores e de estudantes: uma reflexão sobre formação profissional e ética. Revista Profissão Docente, 10, 124-138, 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/aval/v21n3/1982-5765-aval-21-03-00953.pdf. Acesso em: 26 jan 2022.

PINTO, Angelo. Integridade científica: compromisso da SBQ. Química Nova, 38, 297, 2015. Disponível em: http://quimicanova.sbq.org.br/detalhe_artigo.asp?id=6210. Acesso em: 26 jan 2022.

ROCHA, Ednéia Silva Santos et al. Ética e integridade na produção do conhecimento científico. Revista Alexandría (Peru), 6, 58-76, 2012. Disponível em: https://brapci.inf.br/index.php/res/v/62079. Acesso em: 26 jan 2022.

SANTANA, Clarissa Cerqueira. O tema da integridade científica nas pós-graduações em saúde no Brasil. Revista Bioética, 18, 637-644, 2010. Disponível em: https://revistabioetica.cfm.org.br/index.php/revista_bioetica/article/viewFile/590/596. Acesso em: 26 jan 2022.

SCHMITZ, Patrícia Dias; MENEZES, Marta; LINS, Liliane. Percepção de integridade científica para o estudante de medicina. Revista Brasileira de Educação Médica, 36, 447-455, 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-55022012000600002&script=sci_abstract&tlng=pt. Acesso em: 26 jan 2022.

SINGH, Shawren; REMENYI, Dan. Plagiarism and ghostwriting: The rise in academic misconduct. South African Journal of Science, 112, 1-7, 2016. Disponível em: https://www.sajs.co.za/article/view/4078. Acesso em: 26 jan 2022.

SUGIMOTO, Luiz. Só 13% dos ingressantes na Unicamp sabem o que é plágio. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2018. Disponível em: https://www.unicamp.br/unicamp/index.php/noticias/2018/10/30/so-13-dos-ingressantes-na-unicamp-sabem-o-que-e-plagio. Acesso em: 26 jan 2022.

VELUDO-DE-OLIVEIRA, Tânia Modesto et al. Cola, plágio e outras práticas acadêmicas desonestas: um estudo quantitativo-descritivo sobre o comportamento de alunos de graduação e pós-graduação da área de negócios. RAM. Revista de Administração Mackenzie, 15, 73-97, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-69712014000100004. Acesso em: 26 jan 2022.

VIEIRA, Sonia. Como elaborar questionários. São Paulo: Atlas, 2009.

VOLPATO, Gilson. Ciência além da visibilidade. Botucatu: Best Writing, 2017a

VOLPATO, Gilson. Plágio e autoplágio: um desafio simples para as mentes científicas. Arquivos em Movimento, 13, 2-4, 2017b. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/am/article/view/10997. Acesso em: 26 jan 2022.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.