Aspectos Epidemiológicos de Mulheres Vivendo com HIV

Laís Gonçalves Muniz, Priscila Izabel Santos De Tótaro, Douglas Gabriel Pereira

Resumo


A aids é o agravamento da infecção pelo HIV, e teve seus primeiros relatos no início da década de 1980, passando a atingir mulheres e meninas significativamente a partir dos anos 1990, esse avanço pode ser observado na epidemiologia nacional, pela diminuição da razão da infecção entre os sexos, e no atual contexto epidemiológico mundial, no qual mulheres e meninas representam o maior número de pessoas vivendo com HIV no mundo. Com o objetivo de obter dados referentes aos aspectos epidemiológicos de mulheres que vivem com HIV no Brasil, foi realizada pesquisa bibliográfica em 6 bases de dados on-line, de onde foram extraídos 7 estudos para análise dos resultados e 26 para a fundamentação e discussão. Os principais critérios de inclusão foram estudos publicados entre os anos de 2002 e 2022, em língua portuguesa e inglês, que tivessem conteúdo relacionado ao tema proposto. Dentre os aspectos analisados, observou-se para a maioria dos estudos, mulheres entre 30 e 39 anos, casadas ou em união estável, com baixo nível de instrução, de baixa renda, que se infectaram por via sexual e que possuem dificuldade no uso unânime do preservativo. A partir da análise dos resultados podemos observar que a falta da percepção de risco à infecção pelo HIV foi um fator agravante no contexto de diagnóstico dessas mulheres. 

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