POSIÇÕES OFICIAIS SOBRE TREINAMENTO DE FORÇA PARA CRIANÇAS E ADOLESCENTES: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Hemersom Silva Costa, Maikon Pereira Lisboa, Joao s Moreira de Ataides, Nanci Maria de França

Resumo


Resumo:

Objetivo: realizar uma revisão sistemática dos posicionamentos oficiais de instituições de projeção internacional sobre treinamento resistido para crianças e adolescentes. Metodologia: foi realizada uma revisão sistemática nas bases de dados do Portal CAPES e LILACS. Adotou-se como critério de inclusão os artigos com período de publicação entre 2004 e 2014. Foram utilizados os seguintes descritores (em ingles): physical activity, resistance training, resistance, strength  training, children, adolescent, position statement, youth, position paper, fitness, young people, position update, quality, quantity, trainability. Foram encontrados 37 artigos. Após essa primeira seleção, realizou-se um estudo sistemático, aplicando como critério de exclusão os artigos fora do período estipulado, posicionamentos que não fossem de instituições oficiais e, aqueles que não continham informações relacionadas direta ou indiretamente ao treinamento resistido para crianças e adolescentes. Assim, excluíram-se 27 estudos, restando, para a utilização da presente revisão 10 artigos. Resultados: os textos abordaram os fatores que interferem na capacidade motora, os mitos relacionados ao treinamento de força muscular, possíveis benefícios advindos dessa prática e fatores que devem ser levados em consideração no treinamento de força (supervisão, orientações para progressão, elaboração dos programas e testes de força). Conclusão: foi possível identificar uma convergência de posicionamento, nas diferentes fontes, sobre os benefícios do treinamento resistido na infância e na adolescência. O TR foi objeto de preocupação tanto de profissionais de Educação Física quanto de Medicina e disciplinas relacionadas. Além disso, a preocupação com a maturidade psicológica também mereceu destaque, na medida em que tem relação com a situação biológica, o tempo de treinamento, a competência nas habilidades motoras, na proficiência técnica, e  nos níveis de força.

 

Abstract:

Objective: to carry out a systematic review of the official positions of international projection institutions on resistance training-RT for children and adolescents. Methodology: a systematic search was performed in the databases of the CAPES Portal (LILACS, Scielo, PubMed, Web of Science). We adopted the following descriptors: resistance training, strength training, children, adolescents, youth, official position, positioning update, trainability, as well as their correspondents in Portuguese. 10,287 articles were found. After this first selection, a systematic study was carried out, applying as an exclusion criterion articles outside the stipulated period, articles repeated, positions that were not of official institutions, and those that did not contain information related to RT for healthy children and adolescents. Thus, 58 studies remained, of which 13 were retained for this review. Results: the texts dealt with the factors that interfere in the motor capacity, the myths related to the training of muscular strength, benefits derived from the practice of the TR and factors that must be taken into account (supervision, guidelines for progression, elaboration of the programs and specific tests). Conclusion: it was possible to identify a convergence of positioning on the benefits of resistance training in childhood and adolescence. The TR was the object of concern both of Physical Education professionals and of Medicine and related disciplines. In addition, the concern with psychological maturity was also highlighted, insofar as it relates to the biological condition, training time, competence in motor skills, technical proficiency, strength levels and sports performance.

figshare DOI: http://doi.org/10.6084/m9.figshare.8126822


Palavras-chave


Prescrição de Exercício, Treinamento Resistido, População Pediátrica.

Texto completo:

PDF

Referências


AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS. Strength Training by Children and Adolescents. PEDIATRICS, 121(4):835-840, 2008.

BEHRINGER, M., VOM HEEDE, A., YUE, Z. and MESTER, J. Effects of Resistance Training in Children and Adolescents: A Meta-analysis. PEDIATRICS, 126(5):e1199-e1210, 2010.

AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. ACSM Current Comment: Youth Strength Training. Sports Medicine Bulletin, 32(2):28, 2014.

ARRUDA, D.P, et al. Relação entre treinamento de força e redução do peso corporal. Revista Brasileira de Prescrição e Fisiologia do Exercício, 4(24):605-9, 2010.

ASCA Position Stand: Resistance Training for Children and Youth. 2007.

BRITISH ASSOCIATION OF EXERCISE AND SPORT SCIENCES. Position Statement on Guidelines for Resistance Exercise in Young People. Journal of Sports Sciences. 22:383-390, 2004.

BEHM,D. H., FAIGENBAUM, A. D., FALK, B AND KLENTROU, P. Canadian Society for Exercise Physiology Position Paper: Resistance Training in Children and Adolescents. Appl. Physiol. Nutr. Metab. 33:547-561, 2008.

BRASIL. Estatuto da criança e do adolescente. 6° edição, Brasilia 2005.

FLECK, S, et al. Fundamentos do treinamento de força. Porto Alegre: Artmed, 1999.

FROIS, R S, et al. Treinamento de força para crianças: uma metanálise sobre alterações do crescimento longitudinal, força e composição corporal. Brasília: Rev. Bras. Ci e Mov.21(1):137-149, 2014.

FONSECA, D.F. Dano muscular induzido pelo treinamento de força: diferenças entre gêneros. Brasília: Dissertação (Mestrado) – Universidade de Brasília, 2010.

FAIGENBAUM, A D, KRAEMER, W J, BLIMKIE, C J R et.al. Youth Resistance Training: Updated Position Statement Paper From the National Strength and Condition Association. J Strength Cond Res 23(4):000–000, 2009.

RHEA, Matthew. Treinamento de Força para crianças. São Paulo: Phorte, 2009.

RISSO, S; OLIVEIRA, A. R.; LOPES, A. G. Elaboração de programas de treinamento de força para crianças. Londrina: Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, 2003.

SARAIVA, L.M.B. Efeitos múltiplos e multilaterais de um programa de força geral no desenvolvimento das diferentes expressões de força: Um estudo em voleibolistas juvenis do sexo feminino. [Dissertação]. Portugal: Universidade do Porto, 2000.

SOUZA, C.M.T. Benefícios do treinamento resistido em crianças e adolescentes. Revista Musculação e Fitness, 2007.

LLOYD,R, FAIGENBAUM, A D, MYER,G M STONE,M. et.al. UKSCA Position Statement: Youth Resistance Training. Professional Strength and Conditioning, 26:26-39, 2012.

LLOYD, R S, FAIGENBAUM,A D, STONE,M H et.al. Position Statement on Youth Resistance Training: The 2014 International Consensus. Br J Sports Med, 48:498–50, 2014

WHO (OMS). Global Recommendations on Physical Activity for Health. 2010 ISBN 978 92 4 159 997


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


 

 

Revista Brasileira de Pesquisa em Ciências da Saúde - RBPeCS - ISSN: 2446-5577


Indexadores: