O uso da toxina botulínica na odontologia: revisão de literatura

Resumo

Este trabalho tem como objetivo avaliar a viabilidade da toxina botulínica na odontologia, elucidar o que é e como a toxina botulínica é classificada atualmente, mostrar os possíveis usos terapêuticos da toxina botulínica nos tratamentos odontológicos, citar quais são os pré-requisitos necessários para o dentista poder aplicar a toxina botulínica, descrever o comportamento da toxina no organismo humano, listar suas vantagens, desvantagens e os seus efeitos adversos. As fontes de pesquisa foram artigos científicos de alta qualidade, principalmente sobre estudos feitos recentemente. A neurotoxina botulínica é uma protease produzida pelas espécies da bactéria anaeróbia Clostridium, que causa denervação química temporária das fibras músculo-esqueléticas por bloqueio da liberação de acetilcolina das terminações nervosas dos neurônios motores. O principal efeito resultante é o enfraquecimento temporário dose-dependente da atividade muscular, tornando o músculo relaxado, sem que haja efeitos sistêmicos. A toxina botulínica possui um potencial de emprego na área de atuação do cirurgião-dentista em casos de bruxismo, hipertrofia do masseter, disfunções temporomandibulares, sialorréia, sorriso assimétrico, exposição gengival acentuada e, recentemente tem sido relatado o uso da toxina botulínica na utilização profilática para o relaxamento muscular do masseter e temporal em alguns casos de implantodontia e na consolidação de fraturas. Com este trabalho pode-se concluir que a maioria dos autores chegou à conclusão de que o uso da toxina botulínica é um tratamento viável para a odontologia e que a toxina botulínica possui um vasto potencial de emprego na área de atuação do cirurgião-dentista.