AVALIAÇÃO DO GRAU DE ANSIEDADE DO PACIENTE SUBMETIDO A TRATAMENTO ODONTOLÓGICO EM UMA UNIVERSIDADE DE GOIÂNIA/GOIÁS

Claudio Maranhão Pereira, Paulo Henrique Ferreira De Paula, Leonardo Araújo de Andrade, Fabrício Luscino Alves de Castro

Resumo


 

Objetivo: Diante do impacto negativo que a ansiedade exerce sobre o atendimento odontológico, buscou–se conhecer a prevalência e os fatores predisponentes frente o tratamento dos pacientes. Propusemos avaliar a presença e o nível de ansiedade nos pacientes atendidos na clínica de Odontologia. Material e Métodos: Foi avaliado 351 pacientes e a coleta de dados foi realizada através de questionário composto por gênero, idade, renda familiar, grau de instrução do paciente, bem como a frequência de consultas ao dentista, procedimento clínico que mais causasse desconforto psicológico, além de questões específicas para identificação do grau de ansiedade utilizando a escala DAS (Dental AnxietyScale). Resultados: Para analisar o grau de ansiedade em relação às variáveis (faixa etária, gênero, faixa salarial, frequência de ida ao dentista e tipo de procedimento associado a ansiedade), utilizou-se o teste de Kruskal-Wallis. Este revelou diferença no grau de ansiedade entre as faixas etárias investigadas (p=0,034) e em relação ao tipo de procedimento em que o indivíduo está submetido (p<0,001). Para a faixa etária, a aplicação do teste U de Mann-Whitney revelou que a faixa etária situada entre 45 a 54 anos apresentaram maior nível de ansiedade do que as faixas etárias 18 a 24 (p=0,022), 25 a 34 (p=0,039), 35 a 44 (p=0,011) e 55 a 64 anos (p=0,007). Conclusões: Para melhorarmos o relacionamento entre paciente e profissional é de suma importância conhecer a intensidade e a origem da ansiedade dos pacientes. Desta forma poderemos amenizar esta alteração e consequentemente conseguiremos melhor êxito na realização dos procedimentos odontológicos.


Palavras-chave


Ansiedade ao tratamento odontológico; Ansiedade; Assistência Odontológica

Texto completo:

GRAU DE ANSIEDADE

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