Ensino e aprendizagem da disciplina de pacientes especiais nos cursos de Odontologia

Sérgio Spezzia

Resumo


Introdução: A nível odontológico constitui paciente com necessidades especiais toda pessoa com uma ou mais limitações, temporárias ou permanentes, de ordem mental, física, sensorial, emocional, de crescimento ou médica, que o impeça de ser tratado de maneira convencional nos procedimentos odontológicos. Convive-se em muitas circunstâncias com o encaminhamento dos pacientes especiais de um profissional de saúde para outro. No ensino odontológico, a disciplina de Pacientes Especiais não é obrigatória. Objetivo: O objetivo do presente artigo foi averiguar como ocorre a prática do ensino e aprendizagem da disciplina de pacientes especiais nos cursos de odontologia. Método: Realizou-se estudo de revisão bibliográfica com busca nas bases de dados: LILACS, Google Acadêmico e levantamento de estudos e artigos que versavam acerca do ensino da disciplina de pacientes especiais em cursos na Odontologia. Resultados: Estudos denotam que a atuação do cirurgião dentista quando dos atendimentos dos pacientes especiais é efetuada com maior segurança, ao passo que o mesmo tenha sorvido conhecimento relativo na graduação. A disciplina de pacientes especiais não constitui disciplina obrigatória no setor de ensino e aprendizagem odontológico. O conteúdo programático que é ministrado aos alunos pode proceder de maneira diferenciada de faculdade para faculdade. O conteúdo relacionado a pacientes especiais, ainda pode ser ministrado na modalidade obrigatória e sob forma optativa. Conclusão: Cursos de graduação em Odontologia devem realizar adequações e adaptar suas grades curriculares, objetivando instituir formação profissional aos alunos, que possibilite realizar atendimentos em saúde capazes de suprir as necessidades da população.

Palavras-chave


Odontologia. Pessoas com Deficiência. Ensino. Capacitação Profissional.

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