LESÃO CENTRAL DE CÉLULAS GIGANTES – RELATO DE CASO

Gabriela Silveira de Araujo, Cristina Bueno Brandão, Karina Alessandra Michelão Grecca Pieroni, Alfredo Ribeiro da Silva ✞, Lara Maria Alencar Ramos Innocentini

Resumo


A lesão central de células gigantes LCCG, trata-se de uma entidade de origem idiopática, o diagnóstico diferencial se faz com cisto ósseo aneurismático e tumor marrom do hiperparatireoidismo. Dividida em agressiva e não agressiva baseada em seu comportamento biológico. O objetivo deste trabalho é relatar um caso de LCCG em uma paciente do sexo feminino de 10 anos, atendida pelo serviço de odontologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP – USP). A princípio foram solicitados exames de imagem e exames laboratoriais para descartar outros possíveis diagnósticos, associado a terapia tópica conservadora com acetonida de triancinolona, orientação de higiene oral e controle da doença periodontal. Após obtenção dos exames de imagem e revisão da biópsia externa, conforme solicitação da equipe médica e de patologia a paciente foi submetida a uma biópsia incisional, múltiplos fragmentos foram enviados para análise histopatológica que confirmaram novamente os achados de LCCG. A faixa etária e o sexo da paciente relatada neste trabalho, estão em conformidade com o que é descrito na literatura consultada. O tratamento da lesão central de células gigantes deve ser individualizado e baseado no comportamento clínico da lesão. Como terapia, baseado em outros estudos, foi proposto aplicações intralesionais de triancinolona hexacetonido (20mg/ml) diluído em solução anestésica, seriadas, afim de reduzir a lesão. Ao total foram realizadas 08 sessões de aplicação da solução, após diminuição significativa a paciente foi submetida a enucleação e curetagem sob anestesia geral em centro cirúrgico. Os riscos pós-operatórios eram parestesia ou necrose pulpar, no entanto, no segmento de um mês não foram verificadas sinais ou sintomas. Apesar do sucesso na condução do caso, alguns trabalhos indicam que pode haver recorrência, portanto, a paciente permanecerá em acompanhamento clinico e radiológico.

Palavras-chave


Granuloma de células gigantes, Odontopediatria, Estomatologia

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Referências


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