HEMANGIOMA CONGÊNITO NÃO INVOLUTIVO EM ASSOALHO BUCAL: RELATO DE CASO E REVISÃO DOS CONCEITOS ATUAIS DO TRATAMENTO.

Juliana Campos Pinheiro, Luis Felipe Barbosa da Silva, Júlio Holanda Alves de Souza, Gabriel Gomes da Silva, Monique Evelyn Nunes Santa-Rosa, Everton Freitas de Morais

Resumo


Os hemangiomas congênitos se diferenciam do hemangioma infantil pois, geralmente, não são seguidos de uma involução gradual. Por possuírem essa característica a maioria dos hemangiomas não congênitos crescem com o avançar da idade de forma benigna e, geralmente, assintomática. O objetivo do presente estudo é relatar um caso de hemangioma congênito não involutivo, bem como revisar os conhecimentos atuais sobre a lesão e suas formas de tratamento, enfatizando o papel do cirurgião-dentista no diagnóstico de lesões vasculares. Paciente, sexo masculino, quinze anos, compareceu a clinica odontológica queixando-se de “lesão roxa na boca que crescia desde criança”. Foi realizado o exame de vitropressão no qual confirmou a natureza vascular da mesma. O responsável pelo paciente afirmou que a lesão estava presente desde o nascimento em menor diâmetro e foi crescendo proporcionalmente com o passar dos anos, entretanto, seu crescimento havia estagnado há um ano. De acordo com o aspecto clinico e o histórico evolutivo da lesão, foi estabelecido o diagnóstico de hemangioma congênito involutivo. Não foi realizada biópsia incisional pelo grave risco de hemorragia, devido a natureza vascular da lesão, desta forma o paciente foi encaminhado para um médico angiologista afim de realizar exames imprescindíveis para o correto tratamento. Dado sua importância clínica e semelhança com outras lesões, é de suma importância que o cirurgião-dentista saiba diagnosticar de forma correta a patologia mediante extenso exame clínico, histopatológico e radiográfico.

Palavras-chave


hemangioma; lesões do sistema vascular; diagnóstico bucal.

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