EVOLUÇÃO CLÍNICA DE ERLIQUIOSE EM CÃO – Relato de Caso (VETERINÁRIA)

Resumo

Introdução: Dentro da rotina clínica veterinária, são recorrentes os casos de cães atendidos e diagnosticados com erliquiose. Essa enfermidade é extremamente frequente, fato que se deve, principalmente, à presença constante de seu vetor, o carrapato Riphicephalus sanguineus, no ambiente e nos animais. A erliquiose se apresenta como um desafio dentro do contexto de saúde animal, devido ao seu difícil controle e potencial elevado de mortalidade. Para a confecção deste artigo foram utilizados como material de consulta o prontuário do paciente, registros fotográficos de exames médicos, além de livros e artigos publicados na internet. Foi atendido em hospital veterinário um cão da raça shih-tzu, com 6 meses de vida, pesando inicialmente 5,5kg, residente na cidade de Brasília, Distrito Federal. Foi relatado na anamnese que o
animal se apresentava apático, com urina escura e fétida, olhos enevoados, espirros frequentes, secreção ocular esverdeada e secreção nasal.
O exame físico constatou que o paciente estava desidratado e apresentava uveíte. Para obtenção de diagnóstico, foram realizados hemograma, bioquímicos e esfregaço sanguíneo, que confirmaram o quadro de erliquiose monocítica canina. O tratamento de eleição foi o uso de doxiciclina, antibiótico que atua no combate ao agente etiológico da enfermidade, a Ehrlichia spp., além de tratamento suporte. O tratamento, que teve duração de 30 dias, mostrou-se eficiente, com reversão dos sinais clínicos e laboratoriais. Conclui-se que a resposta positiva ao tratamento e pronta recuperação do paciente deste estudo deve-se principalmente ao fato de que o diagnóstico foi obtido ainda na
fase primária da doença.

Palavras-Chave: 1. Cão; 2.hemoparasitose; 3.doxiciclina.