AJUSTE DO PROTOCOLO DE BULBIFICAÇÃO IN VITRO DE ALHO, CONSIDERANDO ASPECTOS DE CONSISTÊNCIA DO MEIO DE CULTURA, RECIPIENTES DE CULTIVO E NÚMERO DE PLANTAS POR RECIPIENTE (AGRONOMIA)

Resumo

O cultivo in vitro de ápices caulinares com objetivo de obter plantas livres de vírus é uma das principais aplicações da cultura de tecidos vegetais para cadeia produtiva de alho. A metodologia em uso proporciona obtenção de até 80% de plantas livres para as espécies de vírus indexadas. O processo de bulbificação ainda necessita de ajustes para aumentar a eficiência de micropropagação do alho in vitro. O protocolo engloba desde a fase da regeneração de parte aérea até a bulbificação, sendo esta última bastante sensível e a que mais necessita de aperfeiçoamentos. Nesse sentido, foram avaliadas nesta etapa da formação dos microbulbos in vitro algumas modificações relacionadas à consistência do meio de cultura, tipos de recipientes de cultivo e número de plantas por recipiente. Os resultados obtidos para a cultivar Amarante mostram que a bulbificação foi mais eficiente no frasco de vidro tipo aspargo (16x5,5cm), com 25 ml de volume de meio de cultura de consistência sólida e uma planta por recipiente, obtendo-se maior comprimento de plantas, diâmetro e peso de microbulbos. Usando-se 50 ml de meio de cultura por frasco, não há diferença entre 1 ou 2 plantas na formação do microbulbo. Para a cultivar Ito, considerando o peso e diâmetro dos microbulbos, pode-se utilizar com a mesma eficiência na bulbificação, o tubo de ensaio (20x2,3cm) com uma planta por recipiente, tanto com meio líquido quanto sólido ou o frasco de vidro com meio de cultura de consistência líquida, volume de 50 ml e duas plantas por frasco.

PALAVRAS-CHAVE: Allium sativum L.; cultivo in vitro; meio de cultura; microbulbos.