O ACESSO AO PRÉ-NATAL POR GESTANTES INDÍGENAS (ENFERMAGEM)

Ana Katryna Martins Silva, Leonardo do Nascimento Belém, Regina Célia de Oliveira Martins Nunes

Resumo


A experiência reprodutiva das mulheres indígenas envolve diversos fatores, abrangendo aspectos socioculturais como famílias extensas, uniões conjugais, início precoce da vida reprodutiva e intervalos mais curtos entre gestações. Portanto, torna-se imperativo garantir o acesso ao pré-natal para mulheres indígenas e seus acompanhantes. Metodologia: Trata-se de um estudo documental associado à revisão da literatura. Os dados foram coletados do painel do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária/Ministério da Saúde do Brasil, abrangendo variáveis como número de consultas pré-natais, local e modo do parto, profissional responsável pelo parto e idade gestacional no período de 2015 a 2022. Revisão de literatura: O acesso ao pré-natal para gestantes indígenas é impactado por barreiras geográficas, falta de profissionais capacitados em saúde indígena e escassez de recursos e equipamentos adequados. A humanização do cuidado e o respeito às tradições culturais foram identificados como fatores essenciais para aprimorar a qualidade da assistência. Considerações finais: O acesso ao pré-natal para gestantes indígenas no Brasil ainda é insuficiente, enfrentando desafios significativos. Superar essas barreiras exige a implementação de políticas públicas específicas, capacitação de profissionais de saúde em saúde indígena e promoção da humanização do cuidado. Essas medidas podem contribuir para elevar a qualidade do pré-natal, reduzir a prematuridade e minimizar a hospitalização durante o parto nessa população.

Palavras-Chave: Atendimento pré-natal; Gestantes indígenas; Enfermagem; Acesso à saúde; Saúde materna; Sesai.


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Referências


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