ESTUDO SOBRE O USO INDISCRIMINADO DE ZOLPIDEM POR MULHERES DE 20 À 40 ANOS NO PERÍODO DE PANDEMIA NO BRASIL (FARMÁCIA)

Karolaynne Gomes da Mota, Raquel de Oliveira Sá, Erica Carine Campos Caldas Rosa

Resumo


A pandemia de COVID-19 contribuiu para o aumento das taxas de ansiedade, depressão e insônia, sobretudo
em mulheres. Com isso, estudos têm apontado o aumento do uso indiscriminado de zolpidem. O zolpidem tem como
princípio ativo hemitartarato, pertence ao grupo das imidazopiridinas, dentro do grupo de medicamentos classificados como não benzodiazepínicos de curta duração, que atua no sistema nervoso central. A principal indicação é para o tratamento da insônia ocasional, transitória ou crônica. O zolpidem tem sido usado como hipnótico do sono mais receitado no mundo e possui uma boa tolerabilidade, entretanto, não está isento de ocorrência de efeitos adversos, inclusive efeitos como a indução de fenômeno alucinatório. Objetivo: analisar as causas do uso indiscriminado de zolpidem por mulheres de 20 à 40 anos durante a pandemia e pós - pandemia no Brasil. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura com abordagem qualitativa baseada em estudos considerados relevantes sobre o zolpidem, o estudo foi realizado por meio de pesquisa bibliográfica nas seguintes bases de dados: SciElo, BVS, PubMed, LILACS e Google acadêmico. Resultado: A pandemia agravou os casos de transtornos mentais e nesse contexto, como resultado, o aumento expressivo do consumo de zolpidem por mulheres jovens. Conclusão: Os fatos expostos geram um alerta para o
problema de uso indiscriminado de zolpidem, que pode apresentar riscos à saúde, como tolerância, dependência e surtos de alucinações ou sonambulismo. Desta forma, enfatiza-se a importância de medidas rigorosas do controle desse medicamento pelas autoridades de saúde, assim como, o desenvolvimento de políticas que incentivem o seu uso racional.

Palavras-Chave: Zolpidem; Insônia; Pandemia Covid-19; Farmacologia.


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Referências


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