PROJETO DE DURABILIDADE PARA CONCRETO ARMADO EXPOSTO A CARBONATAÇÃO

Jon Karl WEIBULL, Hyuri Sales da SILVA, Gustavo de Carvalho SILVA, Fabiano Battemarco da Silva MARTINS

Resumo


O concreto armado surgiu no final do século XIX como uma revolução, um material robusto, que duraria para sempre. Fazia sentido à época, dadas as propriedades do concreto e do aço, a maneira como trabalhavam em sinergia. Passada a vida útil das estruturas, patologias começaram a surgir e consequentemente, pesquisas buscando respostas para os problemas que passaram a afligir a tecnologia construtiva número um no mundo. Em torno da década de 1960 começam, ao redor do mundo, estudos sobre a durabilidade e como prevenir patologias ou reabilitar estruturas de concreto armado. No Brasil, a norma de concreto armado, NBR 6118 (ABNT, 2014) cita a necessidade de cumprimento da vida útil da estrutura em condições de serviço e segurança para as adversidades ambientais à época do projeto. Enquanto normas de durabilidade têm sido desenvolvidas ao longo dos últimos anos, como a norma para RAA, NBR 15577, partes 1 a 7 (ABNT, 2018) e para ataque por sulfatos, NBR 13583 (ABNT, 2014), ainda faltam normas que guiem o projetista para o cumprimento da vida útil exigida pela norma de desempenho NBR 15575, partes 1 a 6 (ABNT, 2013). A principal forma de degradação no concreto armado se dá por corrosão nas armaduras causadas por cloretos e/ou carbonatação. Este artigo apresenta um guia, baseado em técnicas modernas, para o projeto de durabilidade e cálculo estimado da vida útil para estruturas de concreto armado expostas a ataques por carbonatação.


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Referências


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