AVALIAÇÃO DO POTENCIAL EROSIVO DE BEBIDAS ISOTÔNICAS E ENERGÉTICAS POR ANÁLISE DE CONCENTRAÇÃO HIDROGENIÔNICA

Victor Igor Carvalho de Araújo, Welliton dos Santos Batista, Gláucia do Carmo Soares Neves, José Márcio Lenzi de Oliveira, Priscila Gomes Alves, Josué Miguel de Oliveira

Resumo


Objetivo: Avaliar a concentração de potencial hidrogeniônico em bebidas isotônicas e energéticas, comercializadas no Distrito Federal – Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo experimental do tipo in vitro, com abordagem quantitativa. Foram coletadas 13 bebidas, sendo 9 bebidas energéticas e 4 bebidas isotônicas. Os frascos foram acondicionadas à temperatura de 21ºc, para a medição do pH foi utilizado o PHmetro (Cole Parmer, Modelo 05669-20, Illinois, EUA) com mensurações em triplicata. Os dados obtidos foram submetidos a estatística descritiva e ao teste de normalidade de Shapiro-Wilk, seguido de Análise de Variância (ANOVA) de Medidas Repetidas (p>0,05) e teste post-hoc de Tukey. Todas as análises foram realizadas utilizando o software livre Jamovi (versão 2.3.28). Resultados: Os resultados obtidos mostram que todas as bebidas avaliadas possuem potencial hidrogeniônico abaixo do ponto crítico para dissolução da hidroxiapatita, de 5.5. No grupo dos isotônicos, o Gatorade® sabor limão obteve o valor mais baixo, com 3.01, seguido de Power ADE® e TNT®, com 3.13 e 3.14, respetivamente. Já no grupo dos energéticos observou-se o Everlast® com o valor de 2.34, seguido de Vulcano e Baly® Tropical/Red Bull® The Winter, com 3.04 e 3.05, respectivamente. Conclusões: Todas as bebidas analisadas apresentaram concentração de pH abaixo do nível crítico para desmineralização da hidroxiapatita de esmalte e dentina, sendo potencialmente capazes de provocar erosão dentária se consumidos em elevada frequência.

Palavras-chave


Erosão dos Dentes; Solubilidade do Esmalte Dentário; pH.

Texto completo:

15

Referências


Scardina GA, Messina P. Good oral health and diet. J Biomed Biotechnol. 2012;2012:720692.

Hemati, G.; Imani, M.M.; Choubsaz, P.; Inchingolo, F.; Sharifi, R.; Sadeghi, M.; Tadakamadla, S.K. Evaluation of Beta-Defensin 1 and Mannose-Binding Lectin 2 Polymorphisms in Children with Dental Caries Compared to Caries-Free Controls: A Systematic Review and Meta-Analysis. Children 2023, 10, 232.

Tripodi D, Cosi A, Fulco D, D’Ercole S. The Impact of Sport Training on Oral Health in Athletes. Dent J. 3 de maio de 2021;9(5):51.

Losso EM, Silva JYB da, Brancher JA. Análise do pH, acidez e açúcares totais de sucos de frutas industrializados. Arq Em Odontol [Internet]. 2008;44(3).

Lussi A, Jaeggi T, Zero D. The role of diet in the aetiology of dental erosion. Caries Res. 2004;38 Suppl 1:34–44.

Scheutzel P. Etiology of dental erosion--intrinsic factors. Eur J Oral Sci. abril de 1996;104(2(Pt 2):178–90.

Sato T, Fukuzawa Y, Kawakami S, Suzuki M, Tanaka Y, Terayama H, et al. The Onset of Dental Erosion Caused by Food and Drinks and the Preventive Effect of Alkaline Ionized Water. Nutrients.13(10):3440.

Touger-Decker R, van Loveren C. Sugars and dental caries. Am J Clin Nutr. 2003;78(4):881S-892S.

Kumar G, Dash P, J A, S V, Jha K, Singh A. An insight into the world of sports dentistry. J Sports Med Phys Fitness. 2021;61(11):1555–61.

Andressa De Marchi El Assad, Juliana Dal Molin Netto, Estela Maris Losso, Maria Fernanda Torres, João Armando Brancher. Determinação do pH, capacidade de tamponamento, carboidratos totais e sacarose em sucos de fruta industrializados “zero açúcar” e light. RSBO. 2011;7(3):281–6.

Skupien JA, Bergoli CD, Pozzobon RT, Brandão L. Avaliação do ph de refrigerantes do tipo normal e light . Saúde St Maria. 2009;33–6.

Hanan SA. Avaliação do pH de Refrigerantes, Sucos e Bebidas Lácteas Fabricados na Cidade de Manaus, Amazonas, Brasil. Pesqui Bras Em Odontopediatria E Clínica Integrada. 2009;9(3):347–53.

Baldança CM, Varela QD, Daneluz AC, Rossi T, Bellan MC, Paulus M, et al. Identificação do potencial erosivo de bebidas ácidas. Rev Destaques Acadêmicos. 2023;15(3).

Matumoto MSS, Terada RSS, Higashi DT, Fujimaki M, Suga SS, Guedes-Pinto AC. Análise in vitro da ação de bebidas energéticas no esmalte dental humano. Rev Odontol UNESP. 2018;47:57–62.

Assis C, Barin C, Ellensohn R. Estudo do potencial de erosão dentária de bebidas ácidas. J Health Sci. 2011;13(1):11-5.

Morgado M, Ascenso C, Carmo J, Mendes JJ, Manso AC. pH analysis of still and carbonated bottled water: Potential influence on dental erosion. Clin Exp Dent Res. 2022;8(2):552–60.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.


visitas

Indexadores: