ATENDIMENTO ODONTOLÓGICO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA AO SUJEITO SURDO

Resumo

Há um expressivo número de deficiente auditivos e surdos que usam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicarem e estes indivíduos passam por um atendimento deficitário em serviços na área da saúde, como por exemplo, na área da odontologia. A maioria dos graduandos em odontologia concluem a graduação sem ter a oportunidade de atender o sujeito surdo, e por vezes, se deparam com tal despreparo somente fora da faculdade. Para que o tratamento seja eficiente e devidamente indicado, os odontólogos precisam estar aptos para estabelecer de forma correta a comunicação com as pessoas que utilizam da Libras para sua comunicabilidade. Objetivos: Abordar a importância da Libras para o atendimento odontológico do paciente surdo discorrendo sobre a experiência dos acadêmicos de odontologia da UFAM, relatando também suas dificuldades durante a comunicação, se estes já receberam algum tipo de treinamento para atender os sujeitos surdos, e avaliar se os acadêmicos se sentiriam seguros e aptos a atenderem pacientes surdos em clínicas públicas ou particulares. Métodos: Realizou-se uma pesquisa qualitativa fazendo um levantamento bibliográfico em busca de Legislações e literaturas pertinentes à linha de pesquisa especificamente na área de odontologia (configurando-se em uma pesquisa bibliográfica). Um questionário bem estruturado contendo perguntas objetivas e discursivas foi aplicado como instrumento de pesquisa, tendo como amostra o público alvo acadêmicos do curso de odontologia. A coleta de dados utilizou a ferramenta Google Forms (Google Formulários) e os voluntários que estavam conforme os critérios de inclusão acessaram o link para o questionário via e-mail ou aplicativos, tais como WhatsApp e Instagram. Resultados: Cerca de 92,1% dos alunos nunca atenderam um paciente surdo, somente 20,6% fizeram curso de Libras na universidade e 87,3% não se sentem preparados para atender pacientes surdos. Conclusão: A falta de convivência com sujeitos surdos e o desconhecimento da Libras, torna mais complicado o processo de comunicação entre profissional e paciente. Para solucionar essa questão, foi sugerido a criação de treinamentos, protocolos, e capacitações voltadas para o acolhimento do indivíduo surdo no serviço odontológico e para a realização desta ideia, os alunos se mostraram receptivos para participarem.