ANTICONCEPCIONAIS MASCULINOS: ATUALIDADES E PERSPECTIVAS (BIOMEDICINA)

Resumo

Historicamente a mulher tem tido papel predominante no planejamento familiar e um dos motivos é a gama de oportunidades contraceptivas destinadas a elas e poucas para o público masculino. Portanto, o presente trabalho teve como objetivo descrever os contraceptivos masculinos em desenvolvimento e analisar os desafios e limitações para o avanço dessa área. Materiais e Métodos: Trata-se de um estudo de revisão da literatura, acerca do tema: Anticoncepcional masculino. Foram utilizadas as bases de dados: Pubmed, Scielo e Google Acadêmico. Aplicando os seguintes descritores: contraceptivos masculinos; hormonal; não-hormonal e gravidez indesejada. Como recorte temporal selecionaram-se artigos científicos publicados nos últimos 30 anos. Referencial Teórico: Existem duas classes de contraceptivos masculinos  em desenvolvimento, hormonais e não-hormonais. Os hormonais são aqueles fazem a supressão das gonadotrofinas, destaca-se oDimethandrolone Undecanoate (DMAU) e 11β-metil-19-nortestosterona (11-βMNTDC) que apresentam-se promissores como contraceptivos orais masculinos. No entanto, contraceptivos hormonais tendem a provocar efeitos adversos tais como: ganho de peso, aumento do hematócrito, diminuição do colesterol HDL, queda da libido etc.Os contraceptivos masculinos não hormonais não resultam em alterações hormonais para o usuário. Estes possuem o objetivo de evitar o eixo hipotálamo-hipófise e, assim, evitar potencialmente os efeitos colaterais associados aos hormônios. Os mecanismos mais utilizados nesta abordagem são: proteínas reguladoras, que estão envolvidas em processos de regulação da expressão genética, canais iônicos, que são proteínas presentes na membrana celular, responsáveis pela regulação do potencial de membrana e na transmissão de sinais elétricos nas células, e tem-se a vasoclusão, que, de forma resumida, trata-se da oclusão do canais deferentes, que são responsáveis por fazer o transporte dos  espermatozóides ao semên. Considerações finais: Contraceptivos masculinos em sua maioria ainda estão em estudos iniciais ou ainda não entraram em estudos clínicos, seja por falta de investimentos e/ou demanda. Faz-se necessário então, mais incentivos nas pesquisas a fim de acelerar o processo de desenvolvimento e consequentemente comercialização dos mesmos.