O PROCESSO DE IDENTIFICAÇÃO DAS MASSAS COM O DISCURSO AUTORITÁRIO (Psicologia)

Augusto Ferreira de Moraes, Emanuelle Minella Rodrigues

Resumo


Este estudo tem como objetivo discorrer a respeito da identificação dos sujeitos com os
discursos autoritários, utilizando a hipótese da relação entre a identificação, a formação das massas e
a personalidade autoritária. A pesquisa é qualitativa, de natureza exploratória, utilizando o materialismo
histórico-dialético como forma de interpretação da realidade. Os resultados mostraram que as massas
se organizam a partir do afeto e da identificação com os iguais, já os discursos autoritários, surgem
para que seja mantido o status quo, onde é assegurado uma passividade frente às formas de violências
e a ausência dos questionamentos da realidade. Portanto a identificação com os discursos autoritários,
que prometem uma transformação do bem-estar social, se dá em sociedades onde há uma violência
simbólica e individualismo excessivo que não fortalece as relações sociais saudáveis. Essas
identificações fortalecem as relações das massas e o surgimento de um líder, que guiará essa massa
e será visto como um substituto do pai e ideal de Eu. Aqueles que não pertencem a essa massa são
vistos como inimigos. Portanto, a conclusão que se tem é que a personalidade autoritária surge em
momentos de crises sociais e econômicas, que forçam o indivíduo a serem submissos, a partir de
propagandas, à ideologias autoritárias que prometem mudanças para melhor. O presente estudo
também concluiu que os processos identificatórios e as ideologias autoritárias vistas em contextos
históricos como o nazismo, embora de formas diferentes, mas com o mesmo objetivo, ainda se
manifestam nas sociedades atuais.


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