Resumo
Introdução: Streptococcus agalactiae, também conhecida como estreptococo do grupo B, é uma bactéria Gram-positiva, pertencente à microbiota normal do trato gastrointestinal e geniturinário de seres humanos, porém é relevante seu isolamento em gestantes devido ao risco de complicações que representa tanto para a mãe quanto para o neonato. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica que utilizou como bases de dados as plataformas Scielo, PubMed, Google Acadêmico, repositórios, além de livros de microbiologia e teses, nos idiomas português e inglês, publicados entre 2003 e 2024. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo analisar as complicações neonatais em decorrência da colonização em gestantes por Streptococcus agalactiae. Referencial teórico: O Streptococcus agalactiae apresenta variados fatores de virulência, com destaque para a cápsula polissacarídica, que impede a resposta imunológica e facilita a invasão do organismo, especialmente no sistema nervoso central dos neonatos. A classificação sorológica, segundo Lancefield, agrupa Streptococcus agalactiae no grupo B, com destaque para o sorotipo III, associado a infecções neonatais precoces e tardias. As patologias de maior frequência são pneumonia, meningite e septicemia. A transmissão ao feto pode ocorrer de forma vertical, ascendente ou hospitalar, sendo a colonização materna um fator de risco. A profilaxia antimicrobiana, principalmente com penicilina, é o tratamento de escolha para prevenir complicações infecciosas graves. Considerações finais: Convém ressaltar a grande importância da pesquisa dessa bactéria no período que compreende o pré-natal, entre a 35a e a 37a semana, visando a prevenção de potenciais adversidades que poderão ocasionar complicações à saúde das gestantes e principalmente de seus neonatos. Palavras-Chave: Streptococcus agalactiae; gestantes; neonatos; colonização; infecção precoce; infecção tardia.
Referências
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