INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA EM CANINO (MEDICINA VETERINÁRIA)

Resumo

O pâncreas é uma glândula que desempenha funções tanto endócrinas quanto exócrinas, sendo crucial para a digestão de carboidratos, lipídios e proteínas, através da produção de enzimas, além de regular os níveis de glicose no sangue por meio da insulina e do glucagon. A insuficiência pancreática exócrina (IPE) caracteriza-se pela incapacidade de produzir adequadamente as enzimas digestivas. Em cães, essa condição se evidencia quando há uma diminuição de 90% na produção de lipase, resultado da perda progressiva e irreversível do tecido acinar, levando a dificuldades na digestão e absorção de nutrientes. Este estudo pretende relatar um caso de IPE em um cachorro, destacando os sinais clínicos, métodos de diagnóstico e o tratamento aplicado. Um cão macho da raça Golden Retriever, com três anos, foi atendido em uma clínica veterinária em Valparaíso de Góias,

BATCHELOR, D. J; NOBLE, P. J.; TAYLOR, R. H.; CRIPPS, P. J.; GERMAN, A. J. iclinical
remission is achieved, J vet Inter no Med 21:54, 2007.

apresentando um histórico de perda de peso gradual por mais de um mês, além de coprofagia, esteatorreia, aumento no volume fecal e frequência de defecação. A IPE foi uma das principais suspeitas diagnósticas, levando à realização de testes para medir a imunorreatividade semelhante à tripsina canina (cTLI) e a dosagem sérica de cobalamina. O tratamento incluiu a administração de enzimas pancreáticas em pó (cinco gramas em cada refeição), suplementação de vitamina B12 e uma dieta apropriada para problemas gastrointestinais ou natural. O animal respondeu positivamente ao tratamento, com aumento de peso, regularização das fezes e melhora na condição da pelagem. Quando identificada e tratada em estágios iniciais, a IPE possui um prognóstico favorável, proporcionando uma melhor qualidade de vida ao animal. Palavras-Chave: Insuficiência, Pâncreas, Cão, Enzimas, Atrofia Acinar.