IMPACTOS NA SAÚDE FÍSICA, MENTAL E PSICOSSOCIAL DO CUIDADOR INFORMAL: UM ESTUDO AUTO ETNOGRÁFICO. (PSICOLOGIA)

Késia Oliveira, Maria Aparecida Cardoso, Sônia Amoroso

Resumo


O zelo pelo bem-estar alheio sempre foi uma prática presente, embora raramente se destaque a figura da pessoa compelida a assumir esse papel. Seja diante de uma doença súbita, de uma incapacidade imprevista, ou mesmo de um acidente ou incidente inesperado que exijam cuidados contínuos, é notório que pouco se discute sobre a perspectiva daquele que se vê na posição de cuidador. objetivo geral foi descrever e explicar quais são os impactos na saúde física, mental e psicossocial do cuidador informal a partir da abordagem Humanista. Este é um estudo qualitativo, com objetivos que se coadunam com uma pesquisa descritiva e explicativa por meio de revisão de literatura e estudo auto etnográfico. Como resultado foi possível compreender que, embora o processo de cuidar possa fortalecer laços e proporcionar momentos de empatia e crescimento pessoal, ele frequentemente exige sacrifícios que deixam marcas duradouras. A negligência com a própria saúde, a pressão social e familiar, e a ausência de políticas públicas específicas tornam a rotina do cuidador informal ainda mais desafiadora. Além disso, o luto antecipado, especialmente em contextos de cuidados paliativos, pode intensificar o sofrimento emocional e existencial desse indivíduo. A conclusão aponta que a escolha de cuidar, assim como qualquer escolha, implica na responsabilidade de fazê-lo até o fim, pois é isso que dá sentido à existência, porém, é fato, muitos são os impactos, pois a solidão, o cansaço, a incerteza e a sensação de impotência diante da ideia de finitude estiverem presentes o tempo todo, como parte da angústia de existir, mas esta angústia também foi mola propulsora para a retomada, já que a certeza de missão cumprida deixa paz para continuar a caminhada. Palavras-Chave: cuidador formal; cuidador Informal; impactos psicológicos; saúde mental; autenticidade

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Referências


ROGERS, Carl R. Tornar-se pessoa. São Paulo: EPU, 1987.

ROGERS, Carl Ransom, 1902 - Tornar-se pessoa (por) Carl R. Rogers (Tradução de Manoel José do Carmo Ferreira) 5.ed. São Paulo, Martins Fontes, 1981. (Série Psicologia e Pedagogia).

ROGERS, Carl Ransom. Um jeito de ser. São Paulo: EPU, 1983.


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