CONTROLE BIOLÓGICO E QUÍMICO DE PRAGAS NA CULTURA DO MILHO (AGRONOMIA)

Matheus Alexandre Medyk, Lucas Gonçalves Ferreira, Ariadne Waureck

Resumo


milho (Zea mays) é uma cultura fundamental para a alimentação humana e animal, sendo
o Brasil o terceiro maior produtor mundial. A cultura enfrenta diversas pragas, como a lagarta-docartucho
(Spodoptera frugiperda), o percevejo-barriga-verde (Dichelops furcatus) e a cigarrinha do
milho (Dalbulus maidis), responsáveis por danos significativos. A cigarrinha, em particular, é um vetor
de doenças como o enfezamento, que compromete o crescimento das plantas e reduz a produtividade.
O controle dessas pragas é essencial para manter a produtividade do milho. O uso de inseticidas
químicos, como o Imidacloprid e Beta-ciflutrina, é amplamente utilizado devido à sua eficácia no
combate imediato às pragas. No entanto, o uso excessivo desses produtos pode resultar em resistência
às pragas e impactos ambientais negativos. Para evitar esses problemas, é fundamental a rotação de
princípios ativos e a adoção de alternativas mais sustentáveis, como os inseticidas biológicos, como o
Beauveria bassiana, que atua de forma parasitária nos insetos. Este estudo, realizado na Fazenda
Suruvi, em Ponta Grossa (PR), teve como objetivo avaliar a produtividade do milho em diferentes
tratamentos de controle de pragas. Os tratamentos testados incluíram inseticida químico, biológico e a
combinação de ambos. Os resultados mostraram que os tratamentos com inseticidas químicos e a
combinação de químicos e biológicos aumentaram significativamente a produtividade, o número de
grãos por espiga e o peso de mil grãos, em comparação com o tratamento biológico isolado e a
testemunha. O uso isolado do inseticida biológico não apresentou o mesmo nível de controle sobre as
pragas e, consequentemente, não resultou em aumento de produtividade. Os dados demonstraram
que, para otimizar o controle de pragas e garantir maior produtividade, a combinação de métodos
químicos e biológicos é a estratégia mais eficaz. A rotação de princípios ativos e o uso de biocontroles
não apenas melhoram o manejo das pragas, mas também contribuem para a sustentabilidade do
sistema de cultivo de milho, minimizando impactos ambientais e preservando a biodiversidade. Esses
resultados enfatizam a importância de práticas integradas de manejo de pragas para alcançar uma
produção agrícola eficiente e sustentável.


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