A LIMITAÇÃO DA CLASSIFICAÇÃO DE ANGLE DECORRENTE DA POSIÇÃO DO PRIMEIRO MOLAR (ODONTOLOGIA)

Maria Eduarda Scheidt Batista, Karolinne Wakimoto, Elcy Pinto de Arruda

Resumo


A Ortodontia é a ciência que promove a correção das más oclusões, devolvendo função e
estética ao paciente. Em 1889, Angle dividiu as más oclusões em Classe I, II e III, sendo a Classe I
considerada a melhor oclusão. Ao longo do tempo, outros autores vieram a propor novos sistemas de
classificação, porém nenhum desses foi largamente utilizado. Os autores consideravam que a
classificação de Angle era muito simples e apresentava limitações, como a utilização de apenas um elemento para classificar: a cúspide mesio-vestibular do primeiro molar superior. Em 1972, Andrews publicou o estudo das seis chaves e determinou que, na relação molar, o primeiro molar superior deveria apresentar três pontos de contato para um posicionamento adequado, proporcionando estabilidade para a oclusão e um correto engrenamento entre as arcadas. Em contrapartida, nem sempre é possível verificar
se o primeiro molar está adequadamente posicionado apenas através da sua observação. Assim, o objetivo deste estudo foi evidenciar a limitação da classificação de Angle e sugerir um método para complementar essa classificação, através da observação do posicionamento do segundo pré-molar superior durante a oclusão. Foram observados 91 primeiros molares que apresentavam relação de Classe
I de Angle e analisado o posicionamento do segundo pré-molar na arcada. Encontraram-se 27 pré-molares em Classe I e 64 pré-molares em Classe II menor que ½, mostrando divergências entre os dois grupos.
Assim, a classificação de Angle apresenta limitações e a observação dos segundos pré-molares superiores pode servir como um guia de identificação do mau posicionamento do primeiro molar superior.


Texto completo:

PDF

Apontamentos

  • Não há apontamentos.