POLIFARMÁCIA NA TERCEIRA IDADE: IMPACTOS E PREVENÇÃO SOB À ÓTICA DO ENFERMEIRO POLYPHARMACY IN OLDER ADULTS: IMPACTS AND PREVENTION FROM THE NURSE’S PERSPECTIVE (ENFERMAGEM)

Resumo

No contexto do envelhecimento populacional a polifarmácia tornou-se um problema de saúde pública, com uma incidência média de 45% na população idosa. O presente estudo teve como objetivo analisar o impacto da polifarmácia no envelhecimento populacional e identificar as estratégias de prevenção sob a perspectiva dos enfermeiros. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada por meio de buscas nas principais bases de dados em saúde no período de julho/2023 a maio/2024. Foram utilizados os descritores DeCS/MeSH e o operador booleano AND. A coleta do arsenal bibliográfico envolveu a triagem de artigos científicos e a definição de critérios de inclusão e exclusão. Inicialmente foram selecionados 276 artigos, destes, 90 foram captados para uma leitura crítica e 36 compuseram a presente revisão. Os resultados elucidam como as alterações fisiológicas inerentes ao envelhecimento, predispõe o idoso a uma maior sensibilidade à polifarmácia, especialmente quando envolve o uso de medicamentos potencialmente inapropriados. Dentre os fatores de risco para polifarmácia destacam-se ser portador de doenças crônicas não transmissíveis, acesso à saúde suplementar, sexo feminino e uma má percepção de saúde. A polifarmácia está associada a desnutrição, risco de queda, reações adversas, interações medicamentosas, iatrogenia, hospitalizações prolongadas e até a óbito. Nota-se a necessidade de uma atuação mais ativa do enfermeiro na polifarmácia geriátrica, sendo peça-chave na identificação, prevenção e minimização de riscos. Os achados evidenciaram a carente participação da enfermagem na área, refletindo na necessidade de uma maior capacitação dos profissionais, e enfatizam a importância do cuidado integral e humanizado realizado pela equipe multidisciplinar.

Palavras-Chave: polifarmácia; idoso; enfermagem.