CIÊNCIA, AMBIENTE, TECNOLOGIA E SUAS INTERSEÇÕES
Resumo
O III Fórum Internacional e o III Seminário de Pesquisa, Extensão e Inovação (SEPEI) sobre Ciência, Ambiente, Tecnologia e suas Interseções da Universidade Santa Úrsula (USU), realizado no formato híbrido, entre os dias 03 e 04 de outubro de 2024, teve como objetivo reunir pesquisadores internos e externos à Universidade instituição para discutir ciência, ambiente, tecnologia e suas interseções, além de possibilitar a reflexão acerca de projetos, pesquisas e estudos sobre as temáticas em pauta.
Nesta crescente e, por vezes, polarizada discussão pergunta-se qual o lugar da ciência e até que ponto ela pode ou não corroborar para um mundo mais seguro, renovado, sustentável, que permita, pela inovação, corrigir rotas e possibilitar o realinhamento do uso dos recursos naturais para a preservação de nossa casa comum, chamada Terra.
A ciência, enquanto busca sistemática por conhecimento, desempenha um papel fundamental na identificação e no entendimento dos problemas ambientais. Pesquisas científicas nos fornecem dados sobre mudanças climáticas, biodiversidade, poluição e recursos hídricos, entre outros temas. Por meio de métodos rigorosos de observação e experimento, os cientistas são capazes de elaborar teorias e modelos que explicam como os sistemas ecológicos funcionam e como a intervenção humana afeta esses sistemas.
Por sua vez, a tecnologia ajuda a dar respostas aos desafios apresentados pela ciência. A implementação de energias renováveis, como solar e eólica, por exemplo, contribuem para mitigar os efeitos da poluição e reduzir a dependência de combustíveis fósseis. Além disso, o uso de tecnologias de informação e comunicação tem permitido um monitoramento mais eficaz das mudanças ambientais e a disseminação de informações sobre sustentabilidade, engajando comunitário e promoção de ações coletivas.
Todavia, essa relação entre ciência, ambiente e tecnologia não está isenta de controvérsias. As inovações tecnológicas podem, por vezes, levar a impactos adversos, como o uso excessivo de recursos naturais e a produção de resíduos tóxicos. O exemplo das biotecnologias e da engenharia genética ilustra bem essa dualidade, uma vez que a busca por soluções agrícolas mais eficientes pode esbarrar em questões éticas e ecológicas, como a perda de biodiversidade e o surgimento de pragas resistentes.
Essa temática discutida no III Sepei-Usu, ou seja, a interseção entre ciência, ambiente e tecnologia, teve lugar, durante os dois dias de evento) em palestras e em trabalhos apresentados (ao todo 45 trabalhos, entre artigos completos e resumos expandidos) por pesquisadores e estudantes de diversas instituições do Brasil. Além da conferência de abertura, (Ciência como saber, Ciência como Poder), que foi proferida pela pesquisadora do CNPq e da UFF Maria Alice Costa, o Fórum contou com 4 mesas-redondas (Mesa 1: Tecnologia e Ambiente – Cultura, Arte e Democracia; Mesa 2: Ciência e Tecnologia – IA e Dados de Pesquisa; Mesa 3: Ciência, Tecnologia e Ambiente – Educação, Ciência e Sociedade; Mesa 4: Ciência, Tecnologia e Ambiente – Impactos e soluções) e com várias oficinas, voltadas para os alunos da Graduação e da Pós-Graduação.
Dos debates restou claro que a interseção entre ciência, ambiente e tecnologia deve ser constantemente avaliada e reavaliada. A necessidade de um desenvolvimento sustentável impõe a urgência de integrar conhecimentos científicos com inovações tecnológicas que respeitem e preservem os ecossistemas. Iniciativas como a economia circular e a agricultura regenerativa são exemplos de como esse diálogo pode gerar alternativas viáveis que respeitam os limites do planeta enquanto atendem às necessidades da sociedade.
Logo, a interseção entre ambiente e tecnologia é essencial para a construção de um futuro mais sustentável. Para enfrentar os desafios globais contemporâneos, é imprescindível que continuemos a investir em ciência, a fomentar inovações tecnológicas de modo a promover o desenvolvimento humano e preservação do meio ambiente.
Como sabemos, as universidades têm um papel fundamental nessa articulação. Além de produzir ciência, elas precisam estar sintonizadas com a inovação e com a realidade social. A universidade Santa Úrsula busca ocupar o seu espaço enquanto instituição educacional de mais de 80 anos. Neste sentido, gostaríamos de agradecer a todos que participaram do III Sepei-Usu, palestrantes e comunicadores, e a todos os professores e alunos da USU que estiveram empenhados visando o sucesso do evento.
Paulo Cesar Martinez Y Alonso Reitor da USU
Maria Geralda de Miranda Coordenadora da Pós-Graduação Strictu Sensu da USU
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