Editorial dossiê Bioética, Direito e Medicina: convergências científicas na era digital

Margareth Vetis Zaganelli, Maria Célia da Silva Gonçalves, Maria Claudia Crespo Brauner, Silvia Salardi

Resumo


As correlações entre direito e medicina em muito são evidenciadas no que tange à responsabilidade civil dos profissionais médicos, cirurgiões, farmacêuticos, dentistas, entre outros profissionais da área da saúde. Reafirmando, por conseguinte, o ideário contratualista nas relações médico-paciente. Porém, os constantes desenvolvimentos científicos e tecnológicos propiciam diversos impactos e transformações nessas relações, de modo que os meios e fins que antes eram restritos às averiguações das ações ou omissões decorrente das práticas médicas, hoje perpassam e avançam sobre questões éticas e morais, atinentes à saúde, estética, melhoramento, qualidade de vida e morte, mas, ainda assim, não se limitando a essas.

 Desde o desenvolvimento do conceito mais contemporâneo da Bioética, autores como Van Rensselaer Potter a compreendem como a intersecção entre a Biologia e valores humanísticos, cujas implicações atingem a saúde e qualidade de vida, coexistência humana, relação entre homem e natureza, solidariedade intergeracional, entre tantas outras perspectivas que atribuem a responsabilidade dos seres humanos com a vida. Por intermédio dessa concepção, desenvolveram-se disciplinas autônomas como o Biodireito, voltada para as questões normativas da Bioética no ordenamento jurídico, bem como promovendo reflexões acerca dos limites éticos e jurídicos às práticas biomédicas frente e em respeito à dignidade humana.


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