Editorial do dossiê:A (Re)Organização das Lideranças Escolares no séc. XXI

Susana Oliveira e Sá, Maria Célia da Silva Gonçalves

Resumo


O Instituto Europeu de Estudos Superiores, cuja sigla é IEES, sediado na cidade de Fafe, no distrito de Braga, no Norte de Portugal, tem uma longa tradição em cursos de especialização em administração e organização escolar, tanto na modalidade Pós-Graduação como no segundo ciclo de estudos – Mestrado.

Os.As alunos.as realizam reflexões em conjunto e com os.as seus.suas professores.as, das quais resultam trabalhos como os que se apresentam neste número especial da Revista FINOM, intitulado “A (Re)Organização das Lideranças Escolares no séc. XXI”.

Trata-se de uma tentativa de problematizar a Liderança, sendo que, palavras-chave como, tipos de liderança, inteligência moral e liderança escolar, fazem o mapeamento do perfil de liderança. É na figura do diretor que o perfil de liderança tem mais enfoque. Através dele, e dos seus adjuntos, o perfil de liderança condiciona o desenvolvimento de todas as valências da comunidade escolar, tendo uma relação direta com o nível de desempenho de todos os intervenientes no plano da ação educativa.

Percebendo-se que a liderança está diretamente relacionada com a gestão organizacional da escola, esta deve ser democrática, apelando à participação de todos os agentes educativos para uma gestão estratégica mais assertiva e indo ao encontro da especificidade social, cultural e regional da escola, valorizando a sua autonomia.

Quando se pensa numa organização escolar e no modo como os seus participantes interagem entre si, cria-se a imagem da dinâmica de momentos que representam a interação de pessoas em reuniões, conversas de corredor ou momentos mais informais. Com isto, percebemos que esta organização é constituída por pessoas que se organizam de forma orgânica e por unidades sociais, com a finalidade de alcançar objetivos específicos.

Sem abandonar ainda a representação mental de organização escolar, verificamos que o ambiente em que ocorrem estes momentos pode remeter-nos para a caracterização das pessoas, como diretores, coordenadores de departamento ou diretores de turma. Estas pessoas exercem uma liderança profissional ou um controlo burocrático.

Considerando ainda o ambiente em que ocorre a dinâmica escolar, observa-se que os locais ondem existe diálogo entre pessoas, muitas vezes, não coincidem com o ambiente formal de exercício funcional dos participantes envolvidos. Falar sobre questões estruturais fora do ambiente formal pressuposto, fora da sala reuniões, por exemplo, podendo acontecer nos corredores ou em momentos mais relaxados, pode transmitir sentimentos de mobilização coletiva de todos os atores educativos, perseguindo objetivos comuns, sempre numa ótica flexível, criativa, responsável e participativa.


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