As possibilidades e (im)possibilidades para uma gestão mais efetiva nas escolas de tempo integral

Anailda Borges

Resumo


Desde a década de 50 que há uma discussão no Brasil sobre a criação das escolas de tempó integral, no entanto, a consolidação dessa política pública que visa oferecer aos alunos uma escola que prima pela qualidade no ensino e a participação democrática de seus atores nos processos de decisão são mais recentes, mais precisamente após a Constituição Federal de 1988 e respaldada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB 9394/96 e o Plano Nacional de Educação (2014-2024), além de outro documentos que argumentam a favor da gestão democrádica nessas escolas. Dessa forma, o estudo tem como objetivo principal investigar as possibilidades e (im)possibilidades de uma gestão mais efetiva nas escolas de tempo integral. Para tanto, a metodologia utilizada na pesquisa foi do tipo qualitativa, ou seja, o estudo que se comprometeu no entendimetno de conceitos, perspectivas e desafios  que cerceiam o grupo gestor, com coleta de dados em livros, artigos indexados em revistas eletrônicas e na legislaççao brasileira sobre a escola de tempo integral e sobre a getão democrática. Os resultados da pesquisa evidenciaram que a gestão democrática e participativa tem um respaldo legal na legislação educacional brasileira e está sendo implantada em diversas escolas, inclusive de tempo integral. Chegou-se a conclusão que apesar da gestão democrática ser uma realidade em diversas escolas, ainda há muitas instituições que fogem dessa realidade e as decisões da escola não contemplam os seus atores, sendo que a escolha do grupo gestor da escola é realizada através de indicações políticas, inviabilizando a efetivação de um processo de ensino mais efetivo e com qualidade.

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